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O Homem é um produto do seu meio

  • Foto do escritor: Júlia Orige
    Júlia Orige
  • 23 de nov. de 2015
  • 2 min de leitura

Quem és tu?

Esta é a pergunta fundamental, mas em seguida vem a mais importante: por que és tu?

Alguém há de dizer que nasceu assim, argumento que não. Foste o mesmo a vida toda? Eu não. Aprender também é mudar, agregar a si o que antes era outro. Nascemos como nascemos, com algo que eu não me arrisco a chamar de alma, mas podes fazê-lo, eu fico com pré-disposições genéticas. Começa-se a agregar no momento em que se abre os olhos. E, pra um bebê, tudo é novo, as cores, as emoções. Se já nascessemos prontos não precisaríamos de todo aquele processo de aprendizagem inicial.

Somos tudo o que vivemos, o que aprendemos quando crianças e o que vimos na TV. Tiramos lições, sejam boas ou ruins. Sem todas as experiências, o que sobraria?

"O Homem é um produto do seu meio", isso nada mais é que admitir que o Homem é um ser mutável e que não nasce sabendo. "A existência precede a essência", diz-me Sartre. Primeiro existimos, depois somos. E nem os filósofos fugiram disso, eram o que foram porque a vida lhes permitiu. 'A náusea' de Sartre é sobre descobrir este aspecto da vida, parar para pensar sobre ele, perceber que as coisas existem como são.

Não há como fugir de ser quem é. Não dá para mudar o passado, porém é possível mudar o futuro, as experiências vividas e, consequêntemente, a si mesmo. 'A viagem é que faz o homem', pois, sim. É por isso que viajamos, para buscar novas experiências e sermos uma versão melhor de nós mesmos.

Eu não seria quem sou se não tivesse lido os livros que li, viajado para os lugares aonde viajei ou conhecido as pessoas que conheci. E, se no começo agregamos o que nos aparece, depois podemos escolher o que levar conosco. Admirar alguém é um processo de tentar ser como esse alguém também. Guardar um pouquinho de cada pouquinho que admiramos em cada pessoa.

O Homem continua sendo um produto do seu meio e havendo tantos meios diferentes no mundo há de haver muitos homens diferentes. Ver como as pessoas vivem em lugares diversos é ver também quem elas são. Conhecer a identidade cultural da cidade é conhecer a identidade de quem vive nela.

Por que uma pessoa que mora em São Paulo é diferente de uma que mora em Florianópolis? E por que essas duas são diferentes de uma que mora em Nova York? Elas vivem em meios diferentes, mas como isso as afeta na prática?

Vivemos no IgualDesigual uma fase existencialista, paramos e olhamos ao nosso redor. Por que tudo é como é?


Engraxate no centro de Florianópolis, nas mesas do Bob's da rua Trajano

 
 
 

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                é um projeto que procura nas cidades a origem das identidades e culturas, buscando provar a tese de que o homem é produto do meio.

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