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O que é certo e o que é errado? Uma reflexão em cima de "Presságios de um crime"

  • Foto do escritor: Júlia Orige
    Júlia Orige
  • 29 de fev. de 2016
  • 2 min de leitura

certo e errado

Ninguém faz algo de errado voluntariamente, nada mesmo. Nunca. As únicas possibilidades de isso acontecer são por acidente, falta de consciência ou por coação. E quando acontece vem logo a seguir a culpa, e quem gosta de se sentir culpado?


O certo e o errado são infiéis, inconstantes e efêmeros. Eles mudam de pessoa para pessoa e de tempos em tempos. Esse é o tipo de pensamento óbvio que não é pensado tão obviamente. Dizer que uma pessoa é boa ou ruim também é relativo, pois o bom e o ruim são tão temperamentais quanto o certo e o errado.


pressagios de um crime critica

Vi "Presságios de um crime" no cinema, sábado. Para resumir, sem entregar: é sobre um assassino em série que mata por misericórdia, porque ele crê, mas crê mesmo, que está fazendo o bem para a vítima. E você se pergunta: será que não está?


Ele mata de maneira indolor pessoas com doenças terminais que as fariam sofer muito, porque ele tem visões do futuro. Aí tem duas coisas legais, primeiro; o futuro muda, dependendo do que acontece no presente. Depois; que diferença faz, de fato, morrer antes ou depois? Se o depois só reserva sofrimento? Porém, de qualquer das formas, ninguém tem o direito de decidir isso.


Mas será que a vida se resume ao corpo, ao físico, só importando se se está confortável fisicamente ou não? Eu só consegui pensar em Stephen Hawking, que sofreu e sofre mais do que eu desejaria para qualquer um e é um gênio. Será que o sofrimento anula a vida? A criação, o cerebro, as ideias?


Ele não come sozinho e já não fala. Mesmo assim escolheu viver, escreveu livros, descobriu coisas fantásticas, criou teorias sobre o mundo e o universo inteiro e até traiu a ex esposa dele tetraplégico. Será que não pode haver vida paralela ao sofrimento? Talvez eu não aguentasse preferisse morrer.


A questão é: o assassino nesse caso, e creio que em muitos outros, nada fazia de errado. Ele acreditava, mesmo mesmo, que fazia o bem. E quem sou eu para dizer que não? Talvez eu ache que não, mas esse é o meu "mal" e não a verdade. A verdade não existe, não nesse sentido. A verdade só existe nos fatos, nas ações. Fora isso tudo são perspectivas.









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