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Por que a expectativa de estudo é tão diferente da realidade?

  • Foto do escritor: Júlia Orige
    Júlia Orige
  • 12 de fev. de 2016
  • 2 min de leitura

menino estudando


Com a internet se tornou muito mais fácil visualizar “pensamentos coletivos” e um deles, muito evidente, é a ideia de que a escola é chata. Mesmo para aqueles alunos que gostam de estudar, que querem aprender, a escola se tornou desinteressante. Eu sempre gostei de aprender, de ler e saber cada vez mais. Houve aulas que não desgrudei os olhos de quem falava e, quase em êxtase, fiz mil ligações em meu cerebro.


Nenhuma delas foi na escola. Nomeadamente a aula que mais me acrescentou até hoje foi a de História Medieval na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Foi a que salvou meu semestre 15.1, que me animou a sair de casa, porque eu sabia que iria saber coisas novas. Minha teoria é que era um assunto realmente novo, do qual eu sabia pouca coisa e queria saber mais. Era interessante e em nenhum momento eu tive vontade de ir para o Facebook. Também depois a de Redação III. Aconteceu o mesmo em algumas palestras que fui. Acredito que muito se deva ao professor, à didática. E dentro disso está a escolha da abordagem, do assunto.


Vi essa semana um vídeo de uma colega minha que me fez pensar. A Camila faz Jornalismo comigo na UFSC e o vídeo dela é esse aqui:

O vídeo é sobre a expectativa da volta às aulas e a realidade que a segue. A vontade de estudar, usar o material novo, aprender e o desinteresse na hora da aula. Isso é recorrente, fazer planos de ser um bom aluno e não conseguir cumprí-los.


Há reclamações de todos os lados. Os professores reclamam que os alunos não mais prestam atenção na aula e os alunos de que não conseguem fazê-lo. No primeiro semestre da faculdade tivemos um professor que no primeiro dia passou um slide dizendo o que era proibido na aula. Entre os itens estavam “dormir” e “mexer no celular”. Se eles estavam lá é porque acontecem com frequência. E devo dizer que era realmente muito dificil não dormir, ainda mais se a tela do celular não pudesse ser usada para acordar um pouco. Mas como pode alguém proibir o aluno de dormir se o conteúdo dá sono? E nesse caso o problema não era a matéria, muito pelo contrário, devorei livros dela. Mas talvez a abordagem, que gancho pegar.


Creio que há muito na escola hoje que é facilmente alcançável pela internet. Uma vez alguém especial para mim, que cursa História, me disse “esperamos que o curso seja um manual de história, mas o que ele ensina é como achar o que você procura, como estudar história. Não vamos à aula e ouvimos história, vamos para discutir o que lemos, o que sabemos e ver o que ainda falta por saber”.


E se fossemos à escola para tomarmos consciência do que sabemos e do que há por saber e os professores apontassem aonde devemos ir? Mais estímulo do que manual. Talvez o problema não seja que os alunos não querem aprender ou que sejam alunos ruins. Talvez o sistema de ensino que esteja errado.

 
 
 

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